quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Entrevista com Armand Mattelart para o "World-Wide Asian-Euroasian Human Rights Forum"

O belga Armand Mattelart, professor da Université Paris VIII, é um dos mais ferozes críticos dos monopólios globais da comunicação e da indústria cultural.

Leia a entrevista aqui.

The Washington Post and Amazon are “Doing Business with the CIA”

As relações entre o Mercado e o Estado possibilitam que serviços privados com objetivos públicos, como é o caso da Amazon, que comercializa produtos via Web, se associem às agências de monitoramento e controle policial-militar, como é o caso da Central de Inteligência Americana (CIA). Essa perspectiva contribui para a construção de redes capazes de integrar os serviços de controle do Estado sobre a sociedade. Naquilo que se define como mais um elemento de cooptação do domínio público por interesses privados.

Leia no Global Research


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Dynamic Network Visualization - Wars on Earth over time (1816-2001)

Excelente demonstração sobre a intensidade dos conflitos, apontando raios de propagação, aglutinação, intensidade e interrelações. Os nós dinâmicos mostram os principais pólos de radiação, como origem das guerras, assim como os pólos de atração.

"This dynamic network visualization shows a dynamic picture of the global war conflicts between 1816 and 2001. The network relationships indicate which country was in conflict with another country. In the first part of the video the network data was overlayed over a geographic world map to show global reach. The second part shows the pure network layout in 3D. The dynamic network analysis and animations were generated with the software Commetrix (www.commetrix.de) by M.Schulz and R.Hillmann of IKMResearch at TU Berlin.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=sAKeVMjx9GM&feature=player_embedded

Indicado por João Greno Brogueira, via LinkedIn. 
Disponível em:
http://www.linkedin.com/profile/view?id=3609295&snapshotID=&authType=name&authToken=0R-w&ref=NUS&goback=%2Enmp_*1_*1_*1_*1_*1_*1_*1_*1_*1_*1&trk=NUS-body-member-name

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Segurança Nacional x Democracia

Nunca antes na história publicou-se tanto sobre as relações entre Segurança Nacional e Democracia. Os recentes casos noticiados de vazamentos de informação sigilosa, das principais agências governamentais ligadas à Diplomacia e à Espionagem, aprofundou um assunto que permanecia nas sombras. Pelo simples fato de ser um direito do Estado manter em sigilo informações diretamente ligadas às negociações internacionais e às investigações sobre iminentes ou possíveis ameaças à segurança de um país. Os casos Julien Assange, Bradley Manning e Edward Snowden sobre transações obscuras tecidas nos salões governamentais internacionais, assim como a utilização de artifícios para a coleta de dados de cidadãos nacionais, sem o consentimento ou a cooperação dos mesmos, por parte desses mesmos governos, trazem à luz questões caras aos próprios argumentos que dão sustentação a um sistema democrático. Cabe lembrar que essa situação só foi possível porque ocorreu em um sistema que se diz democrático, ou que pelo menos, legalmente, é apresentado como tal, como o dos Estados Unidos da América (EUA). 


Como citado por Josselyn Radack, Diretora de segurança nacional no Projeto de Transparência do Governo, “Snowden pode ter violado um juramento de sigilo que é menos importante que o contrato social que uma democracia tem com os seus cidadãos”[1]
Aqui reside um dos grandes dilemas do atual sistema que se pretende democrático. Como manter padrões mínimos de democracia, com as potenciais ameaças à segurança nacional?, e, ao mesmo tempo, como conceder segurança ao Estado e à sociedade, sem ferir garantias democráticas? Não é de hoje que os EUA investigam seus próprios cidadãos. Lembrem-se da Caça às Bruxas de Joseph McCarthy, nos anos 1950, com sua cruzada anti-comunista! Nesse período, o ex-Senador perseguiu, acusou sem provas, julgou e executou centenas de pessoas que apresentassem qualquer sinal de ligação com a ideologia comunista. Para tanto, processos investigativos eram conduzidos pelo Federal Bureau of Investigation (FBI), sob o comando de J. Edgard Hoover. Um dos casos mais famosos e polêmicos, foi o da acusação e condenação à morte por espionagem e traição aos EUA, do casal Julius e Ethel Rosenberg. O que levou o atual Governo a se retratar, sem muita comoção, sobre o evento. Esse caso, apesar de estar extensamente publicado no sítio do FBI, em momento algum aponta provas concretas de que o casal tivesse passado informações sigilosas sobre o Programa Nuclear estadunidense aos soviéticos[2]Para muitos, os Estados Unidos não aprenderam nada com o episódio. 


Como aponta a historiadora Ellen Schrecker, especialista em macarthismo da Universidade Yeshiva, em Nova York: “Hoje, o medo do terrorismo guia a repressão política como o medo do comunismo fez antes”, […] Políticos e jornalistas continuam permitindo a violação dos direitos humanos”[3].




Usos e abusos da informação
Os recursos de comunicação há muito vem sendo utilizados não só como ferramenta de troca, mas também como instrumento de controle e investigação policial. O problema é que nem sempre a privacidade dos cidadãos é respeitada. Atualmente, o que mais interessa em relação à utilização dos recursos de comunicação, são os usos que são feitos da informação. Dessa forma, os usuários passam a ser o alvo de investigações através das formas de uso da informação. A Constituição estadunidense, que garante a liberdade  é violada a todo momento pelas demandas provenientes dos órgãos de segurança, como FBI, Central Intelligence of America (CIA), National Security Agency (NSA) etc.. O último caso de dados acessados e utilizados pelo Governo para monitorar os cidadãos norte-americanos, foi o da Verizon. Revelou-se que essa empresa, assim como outras, como: Google, Yahoo!, Facebook etc., tem parcerias com o Estado para ceder as bases de cadastros quando solicitadas pelo Governo. Portanto, sem autorização dos usuários, o Governo infringe a Primeira Emenda, assim como fez nos 1950, quando o FBI grampeava telefones como recurso investigativo. Atualmente, as tecnologias são voltadas para o monitoramento da dinâmica social por meio das bases de dados e redes sociais, sob a interface homem-máquina. As tecnologias disponíveis aos órgãos de segurança impõem o controle e, o comando, não às máquinas, mas aos seres-humanos. Sistemas de comunicação da informação sobre os cidadãos, na forma de cadastros e bases de dados, são invadidos e “sequestrados”, tanto por inimigos da Nação quanto pelas próprias agências de inteligência do Estado. A Guerra Cibernética não é só entre inimigos internacionais, mas entre Governo e cidadãos.

Dilema de segurança
A segurança nacional é severamente impactada com a emergência de “ameaças difusas”, sem origem definida. Ações de grupos terroristas, ou considerados como tal; e os do crime organizado transnacional, utilizam-se das Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (NTICs) para expandir seus negócios. A Globalização engendra novos desafios ao Estado. Inerente a esse processo, encontra-se o modelo de Ciência e Tecnologia que vem sendo implantado nos laboratórios e aplicados ao redor da Aldeia Global. Paralelo ao discurso da Liberdade de Expressão, encontram-se outros valores que limitam essa liberdade à um grupo fechado de corporações privadas e governos centrais. Muitas vezes a primeira coopta a segunda, forçando o Estado a incentivar projetos que só levam benefícios à uma elite, em detrimento do cidadão comum. Recentemente, novas invenções, publicadas em jornais de grande circulação, dão conta do desenvolvimento de tecnologias que já fazem parte do hall das tecnologias militares. É a Teoria Cibernética sendo cooptada (ou privatizada) sobrepondo-se às necessidades mais básicas dos seres-humanos? Diversos projetos vem sendo colocados em prática em universidades pelo mundo, como o de controle de helicóptero com a força do pensamento, da Universidade de Minnesota, ou a tecnologia da invisibilidade, na Universidade de Rochester (Nova York). Quem se utilizará primeiro dessas tecnologias? Será que essas experiências trarão benefícios para a sociedade, convergindo com os ideias democráticos? Ou será que a “segurança da nação”, entendida como privilégio às elites econômico-político-militares, estará acima dos princípios democráticos? Cabe destacar que a segurança nacional é primordial para a preservação da soberania dos países. Um direito, principalmente dos mais fracos, na defesa contra os mais fortes. Entretanto, a Ciência e a Tecnologia torna-se a grande válvula de escape às pretensões dos Falcões do Pentágono em associação aos Neo-conservadores, na política, para expansão de seus interesses, muito mais do que os interesses de grande parte da sociedade estadunidense. A técnica domina a política e automatiza as relações sociais, colocando o cidadão comum como objeto da ação e não como ator, que demanda necessidades. Das invenções tecnológicas elaboradas nas universidades e implementadas por projetos militares, surgem os mecanismos de controle ideológico dos cidadãos, pautados pelas necessidades de grupos ligados à agenda de segurança nacional. Voltando aos anos 1950, Dwight Eisenhower pronunciou um famoso discurso, no qual enfatizava os perigos impostos à liberdade democrática, em não controlar o crescimento de um complexo industrial-militar. Parece que não foi ouvido. Hoje, esse Complexo dá as cartas e coopta a Política (com P maiúsculo), desestabilizando condenando o sistema democrático estabelecido.

Em síntese

A segurança nacional é um dever do Estado em relação à proteção de suas infraestruturas e da sociedade contra ameaças externas e internas. No entanto, o modelo de segurança que vem sendo implantado, privilegia uma “casta” que comanda um sistema pautado no complexo industrial-militar. Um fenômeno que não se restringe aos EUA, mas é conduzido principalmente por eles, pela própria condição de maior potência industrial-militar do mundo. Nesse sentido, a produção técnica se sobrepõe às necessidades da sociedade norte-americana no que tange às regras básicas de convivência. As instituições estatais, que deveriam responder ao real significado da noção de segurança, se utiliza de ferramentas tecnológicas baseadas no controle, para monitorar seus cidadãos. As NTICs invadem a privacidade do indivíduo e conformam a política nacional, objetivando a elaboração científica e a aplicação de tecnologias completamente desgarradas das necessidades da sociedade. A relação homem-máquina ganha perigosos contornos, dominando o ambiente e transformando o ser-humano em bits e bytes. Na raiz do dilema contemporâneo está a valorização de perspectivas já superadas cientificamente, que abordam questões sociais e humanas sob o enfoque da Biologia e da Técnica. Transforma a arena Política em espaço de controle dos corpos e das mentes (Biopolítica). O que induz grande parte da coletividade a assentir para qualquer iniciativa que promova ações militares, invasões de países, e a busca pelo inimigo da vez.





[1] O GLOBO, CADERNO MUNDO, 2013, p.31.
[2] Disponível em: http://www.fbi.gov/about-us/history/famous-cases/the-atom-spy-case. Acesso em: 12 de junho de 2013.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Questões Humanas relacionadas à arquitetura residencial para a Terceira-Idade e lares inteligentes


Apresento um projeto desenvolvido pela Marie-Curie Industry-Academia Partnerships and Pathways Action, e financiado pela Comissão Europeia, que reflete sobre as implicações psicológicas da arquitetura residencial, e lares inteligentes para atender à Terceira-Idade, e que tem sido apoiada por uma revisão de literatura, assim como por entrevistas com especialistas em Terceira-Idade e as implicações éticas das tecnologias emergentes. É também baseada em um workshop, desenvolvido especificamente para os propósitos desse artigo. A seção um foca sobre a importância do lar na sociedade europeia, identificando as necessidades das pessoas mais velhas que desejam envelhecer em casa. A seção dois foca sobre aspectos relevantes para o desenvolvimento da arquitetura residencial e tecnologias inteligentes residenciais para apoiar a independência das pessoas com idade mais avançada. Destacam-se associações e grupos relevantes, assim como normas e padrões dentro da Europa. Destaca-se, na seção três, o princípio das implicações psicológicas e sociais que podem ser experimentadas pelos usuários mais velhos, em relação aos lares inteligentes e à arquitetura residencial para dar suporte ao envelhecimento em casa. Finalmente, a seção quatro destaca as principais conclusões retiradas do Relatório e sugere passos a serem dados com o objetivo de assegurar que o futuro desenvolvimento da arquitetura residencial e das casas inteligentes para a Terceira-Idade seja consistente com os Valores Fundamentais Europeus. Tradução do original em inglês (1 October 2010). Disponível em: http://www.valueageing.eu/wp-content/uploads/2013/05/07AGE03_D3.5_FINAL.pdf. Acesso em: 28 de maio de 2013.

A tradução também pode ser lida no site do Prof. Dr. Rafael Capurro, em: http://www.capurro.de/home_port.html.



quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Repositório de Informações Criminais do Federal Bureau of Investigation (FBI)

O FBI fornece uma visão geral do Programa de Apreensão de Criminosos Violentos (ViCAP) e, como fez parceria com a polícia local para iniciar o programa Highway Serial Killings Initiative, analisando um padrão de assassinatos de prostitutas. O Escritório Federal de Investigações dos Estados Unidos da América (FBI, na sigla em inglês), disponibiliza entrevista com um especialista, sobre o sistema Highway Serial Killings Initiative. Trata-se de um repositório arquitetado para facilitar a busca por informações sobre perfis de crimes em série, ocorridos ao longo das rodovias daquele país contra mulheres. O sistema tenta superar os desafios impostos pelas diferentes jurisdições existentes entre os Estados do País, viabilizando a padronização de dados sobre os crimes em série. Acredito que, a partir desse modelo, se possa pensar sistemas de padronização de bases de dados centralizadas no Brasil, para o combate do crime de maneira geral e que conte com grande capacidade operacional em todo o território nacional. Um serviço que contribua para agilizar investigações e mais eficiente a tomada de decisão.

http://www.fbi.gov/news/podcasts/inside/highway-serial-killings-initiative.mp3/view